Como é que podes ver o meu… (2011)

Esta peça reflecte um conjunto de ideias e processos de trabalho, que desenvolvi ao longo da
criação. O tempo vivencial, remete-me para o emocional, precisei de chegar até ele para criar um
sistema, que me permitisse situar no tempo e no momento actual . Procuro o abstracionismo, para
encontrar a liberdade.
A vida é um pulsar de energia constante onde vão ocorrendo acontecimentos que marcam o nosso
corpo em diferentes camadas de profundidade. Num percurso de vida podem registar-se momentos de mais ou menos intensidade emocional que alteram o corpo humano. Este pode ser visto como um barómetro relativamente à nossa tolerância, aos nossos medos e a outros estados humanos, que poderemos consciencializar e experienciar ao longo de um percurso vivencial.
Sob o ponto de vista coreográfico interessa-me abordar estas questões a partir de três eixos: acção,
tempo e corpo.