Sofia Silva

Coreógrafa portuguesa, desenvolve o seu trabalho torno de vivências e questões pessoais presentes a cada momento da sua vida, privilegiando o Espaço, as  Imagens e a Acção como elementos suporte para a concretização das ideias que advêm sobretudo de um sentir. Vê a dança como um lugar de encontro com o Corpo e o Movimento, que co-habitam em corpos de pessoas mas também em outros “corpos” vivos, matérias e objectos, que se relacionam no Tempo e no Espaço, que podem ser  “olhados”, interpretados e reconstruídos, a partir da percepção e sensação. 

No final da sua licenciatura em Dança em 1999, a sua peça foi seleccionada para ser apresentada no Fontes Dance Festival, na Holanda. Em 2000 foi convidada a criar uma peça para a Escola Superior de Dança, apresentada em 2001, Porto Capital Europeia da Cultura“. Em 2004 cria a peça “ Branco” apresentada, em 2005, nos Festivais  Escena Contemporánea, em Espanha e no Edinburgh Festival Fringe. Em 2007 cria a peça “ Delicado” apresentada, nesse ano, em Luxemburgo Capital Europeia da Cultura e em 2008 Ramallah Contemporary Dance Festival, na Palestina, onde fez a sua pesquisa para a criação “I Can’t “que viria a ser apresentada em 2009 na programação do MPPM ( Movimento pelos direitos do Povo Palestiniano). Em 2010 cria a peça “Mute” para a Galeria Graça Brandão. Em 2011 cria a peça transdisciplinar “ Como podes ver o meu movimento se ele não é perceptível ao olhar”, na qual colabora com a artista plástica australiana Rochelle Haley. Em 2012 cria “ A Cabra Bailarina” uma peça para o público infantil e juvenil, apresentada a várias escolas na Fábrica das Artes/CCB e no Festival Dansul. Entre 2013 e 2015 cria “ Tempo do Corpo”, uma peça com pessoas maiores de 65 anos, criada com as comunidades locais, em dez cidades portuguesas e no Festival Materiais Diversos, em paralelo foi convidada a criar várias peças para o projecto “ Breaking Walls With Culture” com 66 Jovens  de Itália, Moldavia, Polónia, Portugal e Espanha. Em 2016 cria a peça “Natural”, dando origem a um filme documentário de Luís Piranha Gonçalves, apresentado no DocLisboa 2016. Em 2018 colabora com a companhia teatral “Inestética” com coreografia e movimento para peça “Noir” de Alexandre Lyra Leite, apresentada  no Festival contraDANÇA 2019. Em 2020 colabora com o compositor Carlos Marecos criando a coreografia para a peça musical “Tríptico” apresentada nos Festivais Dança Invisível e Gaivotas em Marvila. Em 2021 cria a peça “ Interior Presente” apresentada no Festival Dança Invisível . Em 2022 é convidada a criar um colectivo de dança contemporânea na instituição de saúde mental-CASP/SCMC, onde desenvolveu uma peça em 2023, apresentada no Museu da Música Portuguesa.