Sofia Silva

Coreógrafa portuguesa, desenvolve o seu trabalho torno de vivências e questões pessoais presentes a cada momento da sua vida, privilegiando o Espaço, as  Imagens e a Acção como elementos suporte para a concretização das ideias que advêm sobretudo de um sentir. Vê a dança como um lugar de encontro com o Corpo e o Movimento, que co-habitam em corpos de pessoas mas também em outros “corpos” vivos, matérias e objectos, que se relacionam no Tempo e no Espaço, que podem ser  “olhados”, interpretados e reconstruídos, a partir da percepção e sensação. 

Inicia a sua actividade como coreógrafa em 1994, apresentando as suas peças na Quinzena da Dança de Almada, mais tarde 1999, quando termina a sua licenciatura em Dança na Escola Superior de Dança, dá inicio a um processo continuo na sua actividade de criação coreográfica. Entre 1999 e 2023, tem criado e dirigido projectos de sua autoria em colaboração com outros artistas e instituições, em Portugal e no Estrangeiro.

No final da sua licenciatura em Dança em 1999, a sua peça, de final de curso, foi seleccionada e apresentada no Fontys Dance Festival, na Holanda. Em 2000 foi convidada a criar uma peça para a Escola Superior de Dança, apresentada em 2001, Porto Capital Europeia da Cultura. Em 2004 cria a peça “ Branco” apresentada, em 2005, nos Festivais  Escena Contemporánea, em Espanha e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, apresenta também no Edinburgh Festival Fringe, na Escócia. Em 2007 cria a peça “Delicado” apresentada, nesse ano, em Luxemburgo Capital Europeia da Cultura e em 2008 em Ramallah Contemporary Dance Festival, na Palestina, prolongando a sua estadia na Palestina e em Israel fez a sua pesquisa para a criação “I Can’t “que viria a ser apresentada em 2009 na programação do MPPM (Movimento pelos direitos do Povo Palestiniano), e no Teatro da Politécnica, Lisboa *. Em 2010 realiza as residências artísticas na Devir/Capa, no Algarve e na Madeira, onde dá aulas à Companhia Dançando com a Diferença, neste processo cria a peça “Veralipsi” apresentada no Instituto Franco- Português e recria esta peça com o nome de “Mute”, para a Galeria Graça Brandão, Lisboa. Em 2011 cria a peça transdisciplinar “Como podes ver o meu movimento se ele não é perceptível ao olhar”, na qual colabora com a artista plástica australiana Rochelle Haley. Em 2012 cria “A Cabra Bailarina”, apresentada na Fábrica das Artes/CCB, Centro Cultural de Ilhavo, Festival Dansul, entre outros*. Entre 2013 e 2015 cria “Tempo do Corpo”, apresentada no Centro Cultural de Ilhavo, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Virgínia, Cine-Teatro de Estarreja, Auditório do Fundão, Centro Cultural do Cartaxo (Festival Materiais Diversos), Quartel das Artes e Teatro Municipal do Porto. Em paralelo foi convidada a criar várias peças para o projecto “ Breaking Walls With Culture” com 66 Jovens de Itália, Moldavia, Polónia, Portugal e Espanha. Em 2016 cria a peça “Natural”, dando origem a um filme documentário de Luís Piranha Gonçalves, apresentado no DocLisboa 2016. Em 2018 colabora com a companhia teatral “Inestética” com coreografia e movimento para peça “Noir” de Alexandre Lyra Leite, apresentada no Festival ContraDANÇA 2019 *. Em 2020 colabora com o compositor Carlos Marecos criando a coreografia para a peça musical “Tríptico” apresentada nos Festivais; Dança Invisível e Gaivotas em Marvila. Em 2021 cria a peça “ Interior Presente” apresentada no Festival Dança Invisível *. Em 2022 é convidada a criar um colectivo de dança contemporânea na instituição de saúde mental-CASP/SCMC, onde desenvolveu uma peça em 2023, apresentada no Museu da Música Portuguesa *.

Em paralelo tem dirigido workshops e aulas em diversos espaços ACCCA, ACT, Academia de Dança de Sintra, ArtMove, Bomba Suicida, CCB, Chão de Oliva, CPBC, Cowork da Praia, Conservatório Silva Marques, Dançando com a Diferença, ESTAL, Escola de Dança Vocacional das Caldas da Rainha, FOR, Inestética, ISCSP, Lugar Presente, Studio K, Estúdio 3, Pró.Dança, Teatro Extremo, Orfeão de Leiria, Visaginásio.